quarta-feira, 4 de junho de 2014

A Casa

                                     Carta 04 - A Casa - Rei de Copas

Bom dia!

Essa carta praticamente pulou de minha mão no momento do embaralhe...e eu costumo respeitar muito vontade das cartas, então vamos saber o que tanto essa carta quer nos dizer.
À princípio ela se refere à necessidade de cuidar melhor dos bens materiais para que o equilíbrio se fortaleça no sistema que você criou para si e sua família, e isso é algo bastante interessante a se dizer do baralho Petit Lenormand, onde a matéria é muito valorizada, até pela época em que o baralho foi criado, portanto sua egrégora trás muita informação ligada à terra, não como elemental, mas de forma prática e direta...É claro que o fator espiritual é muito importante, mas nessa forma de jogo, os caminhos necessários para se viver aqui, também são levado em conta de maneira muito natural...
É muito comum se ouvir sobre heranças e ganhos extras num jogo com esse baralho, mas procuro filtrar, pois os dias são outros e mesmo aqui, uma adaptação se faz necessária.
De qualquer forma, A Casa, representa não só o seu lar, ou sua família, mas o dinheiro que mantém essa casa em ordem...
Ela representa também a falta de ambição e a falta de cuidado com o ambiente à volta de si. E essa falta de ambição não seria problema, se não tivesse se tornado tão dependente do esforço alheio. Assim fica fácil viver, não é? Não.
A verdade, é que se você não começar a se mexer para cuidar você mesmo e de sua vida futura, logo perceberá sua futilidade e inutilidade diante de coisas simples. Essa carta é um convite direcionado, principalmente à essas pessoas, que se queixam de tudo, do  tempo, da falta de comida na mesa, da falta de um sapato novo  mais caro, da própria aparência descuidada e da atitude alheia quando esses ( provavelmente pessoas da família )  reclamam de sua inércia. É um convite `a olhar menos para si e mais para a situação num contexto mais geral, procurar um caminho mesmo que não pareça seguro, é melhor do que continuar não fazendo nada.
Falando em casamento, essa carta mostra uma fragilidade causada por excesso de expectativa quanto à vida financeira. Uma das partes gasta mais do que ganha, o orçamento sai do equilíbrio e isso têm afetado a vida conjugal, que aliás caminha de acordo com os ganhos, o que é absolutamente errado, afinal amor não visa lucros e uma união não pode se firmar em pensamentos e ações que só percebem a linguagem do dinheiro, reavalie sua forma de tratar o parceiro ou parceira, senão há amor, é momento de mudar a direção.
É claro também que o descuido não é só com o dinheiro, mas com o que ele pode comprar. Vejo terras abandonadas por pura mesquinharia, vejo porta-jóias repletos, esquecidos numa gaveta, vejo roupas abarrotadas nos armários que nunca serão usadas, sapatos que nunca viram um pé... À isso chamamos de acúmulo, e quando acumulamos assim, a vida não anda, se arrasta. Livre-se do que você não precisa, porque cuidar do seu dinheiro não significa não dividir, ao contrário, ou o dinheiro gira, ou cria-se traças. E traças destroem tudo, até dinheiro.
Cuide de seu olhar para esse setor. Se você ao contrário, se vê cuidando demais dos bens materiais e menos das pessoas ao seu redor, também é momento de fazer uma reavaliação de suas prioridades, nem muito lá nem muito cá. Isso é equilíbrio.
De que adianta tantos bens, se sua família está distante, sua esposa não recebe um carinho desinteressado faz tempo? Ou seu filho cresce, sem que você nunca tenha tempo de acompanha-lo? Se sua mãe envelhece e você não faz uma visita? Se sua filha está longe e você não dá um telefonema ou manda uma carta?
O que a carta mostra é isso...uma necessidade enorme de cuidar de sua vida material, mas sem se descuidar das pessoas que você ama e que o ama também. Então tire um dia de folga, ou saia mais cedo, surpreenda quem você ama com sua presença, pois esse é o maior tesouro que possuímos e a única herança que vale a pena deixar.

Luz e paz.

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