sábado, 27 de abril de 2013

Meu início

Meu início

 Bom dia!Agora que deixei minha timidez tecnológica de lado,sinto uma fagulha de empolgação com toda essa novidade diante de mim!Rs...espero ficar bastante viciada para termos um blog com conteúdo que agradem a todos.
Me foi sugerido postar uma carta por dia e eu já havia pensado nisso,embora com receito de ser só mais uma nas redes...Então me lembrei que somos todos seres únicos,com idéias parecidas,uma mesma intenção de informar e esclarecer o que puder.E sempre há espaço para mais uma forma de ver as coisas!
Antes de apresentar a carta de hoje,sinto a necessidade de contar um pouco de como tudo começou...


E começou assim...


       Venho de uma família de quatro irmãos, onde eu sou a mais velha... Pai militar ( e severo, como os são, os militares!) e mãe do lar (como se dizia). Minha mãe sempre foi uma mulher forte, lutadora e bastante ardilosa (uma necessidade sendo esposa de meu pai, as coisas nem sempre eram um mar de rosas ).
     Digo ardilosa, porque ela se desdobrava  para praticar seu dom e poder ajudar quem a procurava precisando de uma orientação na vida. Isso mesmo... Ela era cartomante, e das boas! Ela usava cartas velhas, comuns...as mesmas com as quais nós brincávamos de castelinho no chão da sala... Fazia parte dos planos dela que seu material de trabalho ficasse mesmo espalhado pelo chão, desta forma meu pai não desconfiaria do que ela fazia enquanto ele estava no trabalho. Me lembro bem das mulheres que frequentavam a casa e ficavam momento longos (e hoje sei o quanto longo, era esse tempo!) diante dela, sentadas à mesa com o baralho entre elas, muita fumaça de cigarro (se ela soubesse o que sabe hoje, a fumaça não faria parte dessa lembrança! ) e sempre um copo d'água que ninguém bebia, depois a mulher se levantava, sorria e dava dinheiro pra ela...minha mãe a levava até a porta, se despedia e assim que entrava ia direto e rápida até o copo com a água e a despejava no vaso sanitário ou na pia da cozinha... Certa vez quase bebi da água, mais por querer entender tudo aquilo do que por sede. Hum...ela ficou bastante brava nesse dia e então me explicou que tudo de ruim que estava com aquela mulher estava na água e que me faria mal beber. Não entendi como o "mal" poderia caber num copo tão pequeno ( do tipo americano), mas nunca mais toquei nos copos d'água quando o baralho estava em sua função. Assim era a rotina com a cartomancia de minha primeira mestra...ela atendendo e eu quietinha.Contava nessa época, com a idade de cinco anos  de idade e me lembro que  ficava ouvindo e observando atrás das portas. E aprendei, aprendi muito sem nem mesmo me dar conta do tamanho do despertar...Também minha mãe, não se dera conta do quanto eu havia assimilado, até certa vez, quando uma de suas clientes veio com sua filha quase da mesma idade que eu...então minha mãe me pediu pra brincar um pouco com ela enquanto o atendimento acontecia ( e isso acontecia com uma boa frequência, portanto eu brincava bastante! ).
   Brincava... De cartomante! Eu a imitava...ou pensava que sim. Como baralho não faltava na casa (sério...era carta pra todo lado ), juntava um punhado e abria as cartas para as filhas das clientes.Bom, um dia, minha mãe se levantou pra pegar água com açúcar para a tal mulher e quando passou pela porta do quarto onde eu estava, me ouviu repetir para a menina a mesma coisa que ela havia dito lá... a notícia não era boa (embora eu nada me lembre do assunto abordado, nunca lembro...rs ), sei porque a mãe da menina estava chorando la na cozinha com minha mãe, mas só sei porque me lembro da menina também chorar no quarto e fui pedir ajuda...de repente a casa era um choramingo, minha mãe desconcertada, triste, mas de olho crescido em mim,espantada. Pronto, ali começara minha iniciação!
       Aprendi o significado de carta carta, de acordo com o estilo, e com a Egrégora de minha mãe! Mas aprendi principalmente o quanto era preciso responsabilidade, respeito, carinho e cuidado com cada uma das pessoas que nos procuram e no modo com que se diz algo à alguém. Aquele evento foi uma aula prática não planejada, mas com efeitos profundos em mim até hoje... Não sou branda, mas essa lição ainda carrego comigo! Mas repito...rs, não sou branda... rs

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