Oiê... oiê
Oiê, oiá... oiê oiá...
Oiê oiá... sinhá
- Sinhá me chamô...
Daqui ouvi Sinhá me chamar... oiê oiá!
O que será que quer minha Sinhá?
- Sinhá me chamô...
Melhor obedecê.
- já vô Sinhá...espera, que já vô, Sinhá...
Mas não conta pra seu Dotô, não, vá?!
Seu Dotô é bravo como o quê...
- Eu peço...tenha dó de mim Sinhá... É um minuto só, vai ver
Oiêee... oiê, Sinhá
Espera sot eu dar papa de fubá
Oiê, oiá...
Pro negrinho que acabô de nascê...
E meu leite, não vai conhecê...
Oiá...oiá
Sinhá me chamô...
Melhor obedecê!
- já vô Sinhá...já vô...com meu leite alumentá, o fio do branco de seu Dotô
(Que junto no meu, acabô de nascê )
Mas eu peço, por favô Sinhá...
Me deixa só oiá...
O zóio preto que de mim, Sinhá, acabou de nascê...deu o primeiro choro...
Dos muitos que virão desse nosso vivê!
Deixa Sinhá?
Deixa?

"A primeira regra deste jogo é que não é um jogo. Deve ser jogado por todos. Você deve amar-nos. Você deve continuar vivendo. Seja você mesmo, mas representando um papel consistente e aceitável. Controle-se se seja natural. Procure ser sincero." Do livro:Tabu,por Alan Watts, coleção Planeta,1973 - edição especial n. 53-A
quinta-feira, 5 de novembro de 2020
Semente
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